Negas com veemência a existência dos milhares de deuses das outras religiões, mas sentes-te ofendido quando alguém nega a existência do teu.
Sentes-te ofendido e “desumanizado” quando os cientistas dizem que as pessoas evoluíram a partir de outras formas de vida, mas aceitas sem problemas a alegação bíblica de que nós todos viemos do barro (e a mulher de uma costela).
Ris-te dos politeístas, mas acreditas sem problemas na Santíssima Trindade.
Ficas indignado quando te contam as atrocidades de Allah, mas não tens a mínima reacção ao ouvir sobre como o deus Jeová massacrou todos os bebés do Egipto no Êxodo e mandou eliminar grupos étnicos inteiros no livro de Josué, incluindo mulheres, crianças e os seus animais!
Ris-te das crenças hindus que divinizam humanos, e dos gregos que alegam que deuses dormiram com mulheres, mas não vês problema algum em acreditar que o Espírito Santo engravidou Maria, que deu à luz um homem-deus que foi assassinado, ressuscitou e depois subiu aos céus.
Estás disposto a passar a vida inteira à procura de furos nas evidências científicas de que a Terra tem alguns bilhões de anos de idade, mas não vês nada de errado em se acreditar nas lendas de tribos nómadas da Idade do Bronze, que afirmam que a Terra existe há apenas umas poucas gerações.
Acreditas em que apenas os que compartilham da tua crença serão salvos. Todo o resto da humanidade, incluindo os membros de seitas rivais, passará a eternidade a arder num inferno de fogo e sofrimento. E ainda assim consideras que a tua religião é a mais tolerante e a que tem mais amor.
Embora a ciência moderna, história, geologia, biologia e física não consigam convencer-te, aceitas sem discutir que algum idiota às voltas no chão e a falar em “línguas” por aí é evidência suficiente para “provar” a veracidade do cristianismo.
Defines como “alta taxa de sucesso” quando 0,01% das orações são atendidas. Isto para ti é uma prova de que orar funciona. E pensas que os 99,9% restantes que não deram certo foram simplesmente pela vontade de Deus!
Tu na realidade sabes muito menos sobre a Bíblia, cristianismo e história da Igreja do que muitos ateus e agnósticos – mas ainda assim autodefines-te como cristão.
0 comentários:
Enviar um comentário